
Há 60 anos, a URSS começou a desenvolver uma aeronave com radar de longo alcance que deveria ter um sistema de vigilância aérea eletrônica.
A segunda metade da década de 1950 foi um dos períodos mais tensos da Guerra Fria. Para garantir a paridade militar e estratégica, a URSS teve que melhorar os seus sistemas de armas ofensivas e defensivas, em particular, os sistemas de defesa antiaérea.
![[CC BY-SA 3.0 / amon goeths] Tu-126 em um polígono soviético [CC BY-SA 3.0 / amon goeths] Tu-126 em um polígono soviético](https://cdnbr2.img.sputniknews.com/images/1397/53/13975389.jpg)
O projeto original previa instalar o radar e todos os instrumentos a bordo de um bombardeiro Tu-95. Não obstante, devido a problemas de resfriamento e falta de espaço dentro da aeronave para a tripulação, foi decidido a instalá-lo na fuselagem da "versão comercial" do Tu-95, o Tu-114.

Para operar o radar, o avião teve que sofrer várias alterações na sua estrutura e aerodinâmica. Isso deu vida a um novo modelo, mais apto para transportar o novo sistema de defesa antiaérea: o Tu-126, que foi desenvolvido na base do Tu-114. O primeiro voo do Tu-126 ocorreu em 23 de janeiro de 1962. Ele foi colocado em serviço na Força Aérea na primavera de 1965, tornando-se o primeiro avião soviético com um sistema de alerta e controle aéreo.
O Tu-126 era capaz de detectar alvos aéreos a uma distância de até 350 quilômetros, atingir alvos a 400 quilômetros de distância e identificar a existência de radares a uma distância de 600 quilômetros. A autonomia de voo era de oito horas, mas esse tempo poderia ser aumentado até 17 horas com reabastecimento no ar.
A aeronave continuou a operar até 1985. A experiência adquirida durante o desenvolvimento do Tu-126 serviu a base para projetar e, em seguida, construir o A-50 — o avião com o sistema de alerta e controle aéreo que permanece em operação até hoje.
04:19 30.05.2019 Sputnik
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