4 de julho de 2020 Fighter Jets World

A Turquia realizou testes militares usando o sistema de defesa aérea russo e um avião de combate fabricado nos Estados Unidos, em um movimento que as autoridades estadunidenses descreveram como "preocupantes".
Os jatos F-16 turcos sobrevoaram a capital de Ancara como parte
de um teste do sistema de defesa antimísseis S-400, que o presidente
turco Recep Tayyip Erdoğan comprou da Rússia por US$ 2,5 bilhões.
A Rússia entregou duas baterias do sistema S-400 à Turquia entre julho e setembro.
Atualmente, os S-400 estão instalados na Base Aérea Murted, situada fora da capital turca. Os testes, que começaram hoje, estão programados para continuar até 26 de novembro. Os relatórios indicaram que os S-400 turcos poderiam estar totalmente operacionais até abril de 2020.
A Turquia iniciou testes dos radares associados aos seus novos S-400 russos usando caças F-16 Viper e F-4 Phantom II de fabricação estadunidense, desafiando os avisos dos Estados Unidos de que essa "ativação" do sistema de mísseis terra-ar poderiam levar a novas sanções.

“No âmbito de alguns projetos realizados em coordenação com a Presidência das Indústrias de Defesa, aeronaves F-16 e outras aeronaves pertencentes à Força Aérea [Turca] realizarão vôos de teste de baixa e alta altitude na segunda e terça-feira nos céus de Ancara”, disse uma declaração oficial da província. Ainda não há detalhes sobre os objetivos exatos do teste.
No
entanto, as imagens de vídeo dos testes até agora mostram os F-16s e
F-4s sobrevoando Murted e exemplos do radar de vigilância e aquisição
91N6E e do radar de busca e aquisição aérea 96L6E, este último elevado
em um mastro 40V6M, claramente em operação. A versão montada
em mastro do 96L6E também foi projetada para detectar
com mais eficiência alvos em baixa altitude que um radar posicionado no chão pois este pode não ser
capaz de detectar através da confusão de superfícies.
A
compra do sistema de mísseis russo é um ponto de discórdia entre a
Turquia e os EUA há algum tempo, já que Washington argumentou que o
sistema S-400 seria incompatível com os sistemas da OTAN. A Turquia, no
entanto, enfatizou que o S-400 não seria integrado aos sistemas da OTAN e
não representaria uma ameaça à aliança e rejeitou o afastamento do
acordo.
Traduzido por Pacto de Varsóvia.
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